Melodias que enchem a alma

30 novembro 2006

Hoje...
Hoje não te vou falar de amor!
Porque hoje...
Hoje apetece-me ficar em silêncio!
Ouve...
Ouve as palavras que não te digo!
Se ouves...
Estão gravadas no teu consciente!
Sente-me no silêncio...
... das palavras que não te digo!

28 novembro 2006

A outra face da loucura...


És dona e senhora
De um mundo só teu
Onde mais ninguém entra
A não ser o teu próprio eu
Ninguém sabe a razão...
Esse teu mundo é negro
Como negras também são
As tuas próprias roupas
Na tua louca mente
Há monstros que te perseguem
Monstros sem rosto
Que da tua alma se apoderam
Haverá uma explicação?
Talvez...
Mas só tu deverás saber!
Dizem que és louca...
Uma louca só!
A tal que habita
Num mundo oco
Um mundo que até tem nome
Chama-se... solidão!

26 novembro 2006




Há coisas... que só de pensar
Te fazem até salivar!
Há desejos que imperam!
Há prazeres...
...prazeres que não se negam!

24 novembro 2006



Se algum dia,
a recordação de mim
te fizer acender uma luz e,
Aqui voltares
E não me vires... sentada em espera,
... é porque parti!
Cansei-me de esperar, ou simplesmente não consegui superar a dor, esta Dor maior!
De ver o dia... nascer!
Nascer ... sem o teu Amor ...
E o anoitecer... voltar!
E, de novo não te abraçar!
Sem um único sinal... de ti! Resisto ... Resiterei sempre e se parti,
foi porque de mim própria me ausentei ...

E tanto que eu esperei!...

Se algum dia,
a tarde se colar
num abraço com a noite e
de mim te lembrares,
sentires que te envolvo,
E não me vires...
... é porque parti!
Mas que a minha Alma,
essa ficou em ti ...
Os meus sonhos... rasguei!
Amordaçei o grito ...
A minha ansiedade... controlei!
Suplantei neste querer aflito
A tua imagem... expulsei!... de mim!
(que escrevendo ... tento ... mas não consigo.)

Pouco restou, contudo ...
um sorriso, um toque de criança ...
Apenas uma vaga lembrança
Que teimou em ficar!
Em, na ausência, perdurar!
Essa...
... também quis apagar...
... não consegui!
Porque, meu Amor, tu habitas permanentemente ... em Mim!

Mas... mesmo assim...
... eu parti!!
Apenas fisicamente ...
A Alma, sente, está em Ti!


(poema escrito a quatro mãos... por mim e pela Mel-http://aveneziana.blogs.sapo.pt)

21 novembro 2006

Apenas palavras...

São palavras
Palavras alinhadas
Que contam histórias
Histórias de uma vida!
São palavras
Palavras gastas
Esbatidas do tempo
Que falam de vitórias
E derrotas de uma vida!
São palavras
Palavras guardadas
Que escaparam ao vento
E se transformaram em memórias
Memórias de uma vida!
São palavras
Apenas palavras...

20 novembro 2006

Nas trevas...


Era noite
Noite cerrada
Ao cabo da vida
Finda...
Sem lua
Sem estrelas
Sem nada!
Nada que iluminasse
Aquela pobre alma
Penada...
Ainda
Se ao menos tivesse
O velho candeeiro
Que na sua casa
A alumiava!...
Mas não
Apenas e só...
Aquela tremenda escuridão!

18 novembro 2006

O amor...

Tem motivos sem razão
Tem razões sem explicação
Pensamentos amargos...
... frutos da imaginação!
E solidão... amarga solidão...
Estranha sensação!
O amor...
... também pode ser dor!

17 novembro 2006


Empresto-te o meu corpo
Para
Nele poderes passear
Ao som dos meus gemidos
Te poderes deliciar
Ofegante...
De desejo
Entre sussurros e suspiros
Nada mais importa
Só o instante...
Em que te vou também eu
Pedir
O meu corpo de volta
Para agora
Te poder eu amar

15 novembro 2006

Trono real...


De olhos vendados
Sento-me
No meu trono real
Não te vejo... adivinho-te...
Dito as minhas regras
Desafio-te!
És servo dos meus intentos...
Submisso
Sedento das minhas ordens
Ofereces-me os teus préstimos
De escravo obediente
E eu... tua pequena rainha...
Sorrio de satisfação
Sentada
No meu trono real!

13 novembro 2006

Silêncios...

Sim...
Consigo ouvir!
São ecos de sons distantes
Que chegam com o vento
São choros e gritos de instantes
De almas em sofrimento
Sim...
São lamentos de bocas caladas
Que até sorriem...
Contrariando a sua vontade!
Sim...
São... os sons do silêncio...

11 novembro 2006


De cara pintada
Sorrio... finjo que sou
Aquilo que não sou!
Esqueço a tristeza
Sim... sou palhaça...
Solto uma gargalhada!
Brinco... canto... pulo... danço...
Uma...
Outra...
Outra e outra vez!
Grito sem pranto...
Sorrio com franqueza!
Digo uma piada
E rio...
Rio á despregada!
No fim
Agradeço... emocionada!
E sorrio...
Sorrio mais uma vez!

09 novembro 2006


E o Outono chegou!
Há sempre um banco livre
Uma mulher que passa
Um pássaro que voa
Um amigo que chega
Uma criança que ri
Um avião que soa
O que se vê!
O que se pensa que vê!
O que não se vê!
E... o horizonte...
Alucinação?
Não... é vista cansada!

08 novembro 2006


E ali estava eu...
... no meio do nada...
Num lugar perdido
Ao fundo daquela estrada
Sem rumo... sem sentido!
Apeei-me... desci uma escada
Espreitei...
... era escuro como breu!
Nem sei porque ali estava...
... coisas do destino...
Mas era eu... ali sentada!
Como num filme
E a protagonista era eu!...

05 novembro 2006


Ele vem
Sem avisar
Entra de rompante
E faz questão de ficar!
E fica...
... o medo!
Até ao dia
Que ela chega
Sumptuosa
Segura de si
E o obriga a recuar
É poderosa...
... toma o seu lugar!
A coragem
Vem para ficar!!

02 novembro 2006

Fui ali... não demoro!


Na quietude dessas águas
Permaneces em silêncio...
Encontras-te com as mágoas
Que te avisam da imensidão e...
... da lonjura do tempo
Saboreias o momento
Que imaginas na perfeição!


Fui ali... não demoro!