Melodias que enchem a alma

31 março 2007

Não seria pedir muito...


E ali estavas tu...
Adormecido no meu colo
Dependente de mim
Dos meus carinhos
Dos meus cuidados
Da minha atenção
Dei-te tudo...
Todo o meu amor
Um amor sem fim!
Ensinei-te
Acompanhei-te
Guiei-te
Dei-te tudo o que tinha
E o que não tinha...
E agora
Porque me rejeitas assim?
Não te cobro nada...
Só queria um pouco de consolo
Um pouco de consideração
Afinal
Sou o ser que te deu a vida
Sem mim
Não serias nada!
Estarei a pedir muito?

29 março 2007


O ontem passou...
Passou sem que tivesse dado por isso...
O amanhã...
O amanhã nem sei se o encontrarei!
Mas hoje...
Hoje sei que perdi o ontem
Na ânsia de encontrar no amanhã
Aquilo que já tenho hoje...
Não penso muito nisso
Mas...
O ontem passou
O hoje também
O amanhã...
... se vier...
Serenamente... o aguardarei...

26 março 2007

Desafio da moda...



As modas vêm
As modas vão
As modas pegam...
Ou não!
As modas têm
As modas são
As modas cegam...
Ou não!
Os anos passam
As modas também
As pessoas acompanham
Porque na moda é que se está bem!


Hoje tenho um desfile... de moda...
A moda do momento!

Aceitando o desafio da Débora
7 Coisas que faço bem

Comer
Dormir
Passear
Conversar
Rir
Trabalhar
Preguiçar

7 Coisas que não faço bem

Organizar
Mentir
Coser
Dançar
Enfrentar
Discutir
Impor

7 Coisas interessantes no sexo oposto

Divertido
Sensível
Charmoso
Sincero
Amigo
Companheiro
Culto

7 Coisas que digo com frequência

Fogo!...
Pedro(filho)... tu não ouves?!(não quer ouvir...)
Um dia... quando for rica...
Eu avisei...
Porquê eu?!
Ó pá...
Rafael...(falo imensas vezes com o meu gato... meu verdadeiro companheiro fiel e amigo de todas as horas!)

7 Actores/Actrizes preferidos(as)

Brad Pitt
Dustin Hoffman
Tom Hanks
Harrison Ford
Kristie Allley
Sandra Bullock
Julia Roberts


7 Próximos Contemplados


Lauxinha
aqui-há-gato
sereia
cruelenelcartel
Som ambiente
Terra da Magia
Pestana da Madeira

23 março 2007




Mil palavras de amor
Encontrei algures
Espalhadas por aí

Mas...

Nenhuma tem o calor
Nem a cor
Do que sinto

Gostava de dizer... de saber... de escrever...

Mas...

Não me saem palavras doces
Como aquelas que li
Por aí...

Mas...

Posso falar-te das saudades
As mesmas que sinto
E que tenho de ti

Mas...

Não te falo de amor
Sabes como eu sou...
Mesmo sem as palavras
Sei o teu e o meu valor

Será isto um poema de Amor?

21 março 2007

A minha (Prima)vera...



Papoilas

Rosas

Iris

Margaridas

Açucenas

Violetas

E por fim ela chegou... que saudades!

Regressou perfumada e colorida...

A minha querida (Prima)vera!

18 março 2007

Flores para o meu funeral...

Mais um nome ecoa...
Na sala de espera ainda cheia
Um velho entra pela porta
José era o seu nome
E de uma dor se queixou
Falou de uma pontada aguda
Como uma faca espetada
No meio do coração
Que ninguém fazia ideia!
Um saco de plástico numa mão
Na outra... um ramo de flores!

A médica perguntou indignada
Para que eram as flores

E José respondeu...

Que sentindo-se tão mal

Temendo a sua morte

E não tendo mais ninguém
Pelo menos as flores
Não haveriam de faltar

Ao seu funeral...


Aconteceu mesmo... num dia destes... na urgência de um hospital de Lisboa!

16 março 2007

Hoje...


Hoje não estou... pra ninguém!

Não há poesia

Não há emoções

Não há rimas

Nem fantasia

Não há motivações

Há preguiça...

15 março 2007

Um ano depois...



A hora aproximava-se e ela estava inquieta. Olhou para o relógio, sete da tarde em ponto. E o telefone que não tocava...
Mais alguns minutos... e, por fim tocou!
_Olá! Sou eu... cheguei!
_Olá! Onde estás?
_Aqui, ao pé de um banco, na rua x.
_OK. Vou a caminho...
No curto trajecto que a separava daquele estranho, um monte de duvidas assaltaram-lhe o pensamento...
Será que o vou encontrar? Como estará vestido? Será que vai gostar da minha figura? Como o irei cumprimentar... dois beijos na face, ou um só? E agora? Que faço? Já não posso voltar atrás, é tarde demais...
Mas que estranha atracção era aquela, por um desconhecido?
Afinal, tanta coisa já tinha sido dita,tanto segredo partilhado, tanta cumplicidade se criou, que parecia conhecerem-se desde sempre.
E tudo isso, graças a uma máquina maravilhosa, uma máquina que mexe com as emoções das pessoas... que alguém baptizou de "computador".
Seguiu em passos apressados e cambaleantes tal era a ansiedade daquele encontro, que se tinha tornado tão urgente!!

Um ano depois... recordo com a mesma emoção!

13 março 2007

A magia foi embora

E ao fim de algum tempo
O espectáculo terminou
A cortina fechou
A magia desapareceu
E o palhaço
Desolado... chora!
Ninguém lá de fora
Se apercebeu
Do sentimento
De alguém que também ama
E se engana...
Ninguém se importa
Se está feliz...
Ou triste...
Só o espectáculo
A figura engraçada
Que divertiu
Quem a ele assistiu
E isso bastou
E até o palhaço sorriu
Na derradeira hora...
Chegou ao fim o espectáculo
Não voltará a ser palhaço
Vai embora
Com uma rosa negra na mão
Um aperto no coração
E a alma estraçalhada!

11 março 2007

A minha pobre poesia...


Não sei escrever poesia
Apenas junto umas letras...
Mas se ler poesia
E juntar essas letras
Me faz sentir viva...
Que seria da minha vida
Se não juntasse umas letras
E inventasse a minha poesia?
Seria com toda a certeza
Uma vida um tanto vazia
Não sou poeta... nem poetisa...
Nem nunca o serei...
Apenas escrevo os sentidos
Que o coração inventa
E a alma me dita
As sensações que despertam...
Escrevo lágrimas e sorrisos...

08 março 2007

Alguém disse...


"As mulheres que não são excisadas não prestam"

Mais uma data
Uma frase a lembrar
Lâmina que corta a carne e a alma
Holocausto silencioso...
Escrava da tradição milenar
Renúncia involuntária ao prazer

Neste ano de 2007, do século XXI, ainda existe disto!
Nem todas as mulheres são livres... até de o serem...
Nem todas as mulheres têm vontade própria!

05 março 2007


Arrumei palavras
Nem sempre ordenadas
Neste sótão em ruínas...
São punhados de vida
Que o tempo roubou
E a memória guardou
Arrumei palavras
Em pequenas frases
Sem vírgulas...
Estilhaços da vida
Que o sonho amarrotou
E a alma engomou
Arrumei palavras
Nem sempre usadas
Mas jamais esquecidas...

02 março 2007


Todos os dias
Abro esta janela
Que me enche a alma de luz
E me devolve a vida
Que um dia julguei perdida...