Melodias que enchem a alma

28 fevereiro 2007

Do tanto...


Do tanto que tenho
Acho pouco
Mesmo assim
É tudo ganho
Ainda assim
Partilho o dobro
Do pouco que tenho
No fim
Resta-me muito pouco
Do quanto que tenho
Sendo tanto
Parece pouco
Será quanto?
Agora é tanto
Que tudo é pouco
Para dizer o quanto...







26 fevereiro 2007

Viúva até à morte...


Do que te escondes tu mulher?

Mulher que já tanto sofreste
Mulher que já tanto enfrentaste
Mulher que já tanto perdeste
Mulher que já tanto lutaste

De quem te escondes tu mulher?

Tu que quase morreste
Tu que tanto calaste
Tu que não viveste...
Tu que tanto choraste

Não te escondas mulher!

Filha da pouca sorte
Herdeira da escravidão
Da vida já só esperas a morte
No silêncio... da tua solidão!

23 fevereiro 2007

Nós...

Somos nós
Lado a lado
Presos
Sós...
Sentes o nó?
Está apertado
Sem dó!
E vós...
Que laço
Vos prende
A nós?
Se somos nós
Presos em nós
E... sós!

21 fevereiro 2007

Momentos...


A maior parte de mim
Está em tudo aquilo
Que acredito
Que penso
Que sonho...

São momentos meus

Que significam
As minhas vontades
Os meus anseios
As minhas metas
As minhas emoções...


19 fevereiro 2007





Certa vez sonhei
E desse sonho guardei
A sensação que não mais esquecerei!

Sonhei que voava...
E voei... voei... voei...

Tinha asas e voava
Por cima dos montes e vales
Bem perto das grandes nuvens altas

Por cima de árvores
De terraços
E de telhados

Os anjos voam?
Não sei...
Não sou anjo...
Mas voei!
...

15 fevereiro 2007

Azul intenso...

Azul intenso
Zinco do teu olhar
União do céu e do mar
Licor insólito ainda por inventar...

Intervalo de tempo
Num tempo sem hora de acabar
Tinta fresca espalhada
Estranha forma de pintar
Novos tons acabados de criar
Sonhos azuis acabados de sonhar
Olhos que vêem para além do mundo real

12 fevereiro 2007

Uma batalha perdida...



Quem te disse que a vida eram rosas?
Foi engano...
Mas... porque choras?
Se o mar já é salgado...
Sabes bem que as tuas lágrimas
Nada serão para ele
E o teu sal para sempre será
Também ele
Oceano...
Se a noite te faz chorar
Na ausência do que desejas
E talvez nem chegues a ter...
Porque não te afastas da dor?
Se ela te faz sofrer!
Enterra para sempre
Essa espada na terra
Perdes a batalha...
Mas talvez ganhes a guerra
Não deixes que um tirano
Te tire a vontade de viver!

10 fevereiro 2007

Enquanto houver chama...

Enquanto houver chama...
Não haverá escuridão!
Escuta...
Alguém te chama!
É a outra chama...
A chama da paixão!
É um fogo que arde
Algures...
Em ti
Chama que te alimenta
A alma
A emoção...
Enquanto houver chama
A chama que te chama
E te inflama
O corpo
Os sentidos
E te tenta...
Não resistes
Ela chama...
É a chama da tentação!

07 fevereiro 2007

Hoje desenhei um sorriso
Ainda não sei se o vou usar...
Mas preciso de te dizer
A manhã está cinzenta
Na distancia que nos separa
E sinto um frio...
Talvez a tarde me traga o sol
E a vontade me faça ir buscar
Aquele sorriso...
Por agora
Vai ali ficar...
Escondido
Entre a vontade de o mostrar
E a pena de o esconder

04 fevereiro 2007

Sem palavras...


Amanhã vou deixar-te palavras algures no teu ontem porque elas podem ser o teu hoje.

Hoje vim buscar palavras ao teu presente... encontrei- as no meu ontem...
São as palavras do meu presente também!

Não te vou falar com a assistência pronta a aplaudir algo que diga no presente…
Escuto cada uma dessas palavras como se fossem as ultimas!
Não vou esperar que me respondas no futuro!
Respondo-te ainda hoje... aguarda...
Nada que tenhas aprendido no passado…
Tudo o que aprendi no passado... enriqueceu-me e fez de mim aquilo que sou hoje!
Vou apenas dizer-te algo…
Diz... aguardo-o e desejo-o há muito...

Algo porque as palavras são vãs e quantas mais usar, menos te digo!
Então não digas... talvez as possa ouvir no silêncio do teu olhar...

Diálogo imaginário entre duas almas... a outra está aqui

02 fevereiro 2007

Mensagem sem destino...

Talvez nunca chegues a ler esta mensagem...
Escrevi-a hoje mesmo
Em folha de papel bruto
Que lancei ao vento!
Fala um pouco de tudo
Que não foi nada
É um facto!
Mas aconteceu algures
Num espaço de tempo
Esquecido
Num canto qualquer...
Do que fiz
Por ti...
Do que esperava
De ti...
Do que não fizeste
Por mim...
Escolhi as palavras certas
Que usei num tempo errado
Nem sei porque o fiz...
A vida é uma passagem
E o sonho uma miragem
Como se diz...
O relógio não ficou parado
E não se vive do lamento
E afinal...
Já passou tanto tempo
Mas só hoje tive coragem...!