Melodias que enchem a alma

13 março 2007

A magia foi embora

E ao fim de algum tempo
O espectáculo terminou
A cortina fechou
A magia desapareceu
E o palhaço
Desolado... chora!
Ninguém lá de fora
Se apercebeu
Do sentimento
De alguém que também ama
E se engana...
Ninguém se importa
Se está feliz...
Ou triste...
Só o espectáculo
A figura engraçada
Que divertiu
Quem a ele assistiu
E isso bastou
E até o palhaço sorriu
Na derradeira hora...
Chegou ao fim o espectáculo
Não voltará a ser palhaço
Vai embora
Com uma rosa negra na mão
Um aperto no coração
E a alma estraçalhada!

27 comentários:

Anónimo disse...

Olá Cleo,
Se considerar-mos a "Vida" um Espectáculo,
Nós seriamos os "palhaços", os Ricos e os Pobres;
Os Grandes Circos e os Pequenitos Circos, seriam como as Grandes Mansões e as Pequenitas "Barracas" que habitamos;
As coisas Bonitas que fazemos que por vezes ninguém reconhece, seriam as Graças que todos axam graça;
Os Sorrisos e bem estar que pretendemos aos nossos queridos, seriam os sorrisos nas Plateias;
Os Sorrisos que por vezes esperamos de quem amamos, seriam os Aplausos esperados do público;
Mas também como existe a magia no espectáculo num recinto, também existe a magia Na VIDA;
E essa Magia tanto num recinto como na Vida, ou em qualquer outra ocasião ACABA!
Cabe-nos a nós "PALHAÇOS" da nossa ViDA fazer com que se estenda essa magia por mais tempo!
E por fim levar a "Magia" dentro do nosso coração !!!
Este é o ESPECTÁCULO DA VIDA FORA DO RECINTO!!! MAS COM MUITA MAGIA BASTA DESCOBRIR...
Um bj Sony

Daniele disse...

Querida Poetisa Cléo,

Esse espetáculo que só você consegue metaforicamente transpor a poesia é a vida... e somos nós os palhaços, bailarinas, os figurantes dessa vida, que possui encantos inimagináveis como a sua fina poesia, a qual eu me perco, tamanha a densidade, a beleza que há !

Beijos na sua alma,
Da amiga e FÂ,
Dani

Som do Silêncio disse...

Olá Cleo!

Mais uma vez nos ofereces um texto fabuloso.
Sim, a magia vai embora, mas os momentos esses...ficaram para sempre.

Beijo Silencioso

Som do Silêncio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PoesiaMGD disse...

Somos todos palhaços de rosas negras na mão...e ninguém dá conta...
um beijo

Anónimo disse...

Sem dúvida é uma texto fabuloso. Adorei.
A imagem também me seduz bastante e, para além disso, a rosa negra é uma flor linda!

Até breve . . .

Marisela Agra disse...

A vida de um palhaço que tantas vezes nós representamos.
Está deslumbrante a forma como nos fazes vestir uma nova forma de olhar o mundo.

Um beijo

Vício disse...

Por morrer um palhaço não acaba a Primavera... ou será... por morrer uma andorinha não acaba o circo... ou será...

Belzebu disse...

Não há palhaço...não há circo! Mas há mais um excelente poema, cheio de sensibilidade!

Saudações infernais!

Caçadora_de_sonhos disse...

Lindo texto. Tens razão. O palhaço sempre nos anima e diver-te, mas e por detrás da máscara? nem tudo são sorrisos e alegrias

Anónimo disse...

Cleo!
Hoje passei só para te desejar um linda, quanto ao resto não sei que dizer.
Hoje sinto-me completamente vazia.
beijo
Sereia

Anónimo disse...

Olá Menina das borboletas!

Enterneci ao longo de cada uma das palavras deste poema...

"A magia foi embora"
Ouso dizer-te que me li em cada linha...as palavras sãod e quem as faz suas...atrevi-me a ficar com estas!!!

A música é linda!

Um beijo para ti...
Ah, eu eu não fui embora, olha eu AQUI ;)

MC disse...

Muito bonito.
Tens muito jeito.
Parabens.

cacharel disse...

Ao ler este teu texto lembrei-me de algo que li há alguns anos... "Quem vê caras não vê corações".
Pois... quantas vezes nós rimos e brincamos, quando o nosso maior desejo é chorar e gritar...

Jinhos perfumados**

Escorpiana Explosiva disse...

Lindo poema imagem gosto de vim aqui porque seus poemas faz eu refletir muito e para de achar que a vida é um saco.

Realmente as pessoas nunca pensam nos outros des que um simples palhaço faça com que eles esquesam seus problemas alguns minutos.

Mas quem sabe lá a frente esse mesmos palhaço receba uma flor clara e esqueça essa dor que um dia sentiu.

E aquelas mesma pessoas que um dia lhe deram as costa venham adora-lo novamente porque afinal de contas deus escreve certo por linhas tortas.

Um abraço.

Anónimo disse...

Gostei desta maneira de homenageares a amiga Magia e os palhaços. A Magia para já está em "intervalo", mas o espectáculo lindo dos palhaços e da sua graça continua. Beijinho Cleo..

mixtu disse...

Magia... não desapareceu, regressará...

beijinhos mágicos :)

Plum disse...

A magia não foi embora!!!Apenas disse Até Já!!!!****

Angela disse...

É inevitável associar este teu post ao "até já" da Magia que por sinal deu um arzinho da sua graça aí em cima!
Quantas vezes somos palhaços (e também em sentido pejorativo...) e ninguém nos leva a sério?

O teu post é de facto intenso e a música que o acompanha é fantástica!!!

Um grande beijinho para ti.

Lindona disse...

Magia... circo... palhaços... ilusionistas... enfim é a vida dentro e fora do circo.

Anónimo disse...

OLá Cleo
Antes de mais, estás numa fase de escrita muita linda e de uma excelente criatividade. Parabéns. Não resisto a dar a minha leitura.
Efectivanente estamos em presença de um sujeito poético das antíteses, das contradições e dos paradoxos mas acima de tudo da deslisão, da mágoa sofrida e contida, pois tendo muito amado, tendo dado ao seu público o espectáculo da sua vida, constata que a "magia desapareceu",posto que "ninguém"/"Se apercebeu"/ "Do sentimento", da verdadeira sua essência "de alguém que também ama", de alguém que também "chora" e sofre e, que apesar de tudo isso, se esforça por ser uma "figura engraçada" por amar o seu público, os que lhe são mais queridos e que no final do "espectáculo" resume a uma simples "figura engraçada" que "divertiu" mas a quem ninguém lhe perdoa o erro.
Assim lamenta que não houvesse compreensão para o facto de que quem "ama", "também" " se engana".
A recompensa por tão alta dávida de amor é "apenas "uma rosa Negra". Aqui reside o simbolismo da métagfora, "rosa negra", isto é, morte, desânimo, cansaço e desilução.
O poema é um poema longo, de grande folêgo, como o são todos os momentos tristes da vida, duram uma etertnidade.
Apesar deste desânimo é facto que o sujeito poético recolhe uma gratificação, talvez a maior recompensa que ele podia esperar, isto é, a satisfação de que quem a "assistiu" ao espectáculo se "divertiu" e isso para o sujeito poético foi o suficiente, quanto "bastou" pois "Na derradeira hora" "o palhaço sorriu".
A música está perfeita, em consonância com a melacolia do poema. Parabéns. Lindo. Beijos.

Fernanda disse...

Olá
Quantas vezes o sorriso e a alegria escondem uma imensa solidão e tristeza...

Bjs

Fernanda disse...

Olá
Quantas vezes o sorriso e a alegria escondem uma imensa solidão e tristeza...

Bjs

Papoila disse...

Querida Cleo:
Um poema que me fez recordar "O Sorriso aos Pés da Escada" de Miller a história do palhaço Augusto, de um humanismo próximo da poesia... Miller diz: "O palhaço é um poeta em acção." E acrescenta: "Ele é a história que desempenha."
Miller considera "O Sorriso aos pés da Escada" a sua obra mais "verdadeira"... Talvez porque, tal como revela no epílogo, "quando Augusto se torna ele próprio, a vida começa - e não só para Augusto: para toda a humanidade".
A Magia perdura em nós.
Lindíssimo o teu poema!
Beijos

Anónimo disse...

A Magia, de tão mágica que é, mantém-se nas nossas vidas... sempre!!! um beijo

Una Amiga de Mi Amiga disse...

Cleo
só há duas coisas irreversiveis.
a morte e o conhecimento.
E é claro, o conhecimento da morte, do final, e do pequeno fim de cada dia.

um ramo de rosas negras para ti.
bj

[[cleo]] disse...

.*.Magia.*.

Sim, este post foi escrito a pensar em ti!
Ainda bem que vieste buscar as tuas palavras.
Também enterneci...